Família e escola juntas na luta contra o bullying

7 de abril: Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola


A violência escolar tem preocupado pais e familiares, pois vem sendo considerada um tormento por muitas crianças e adolescentes. Constantemente temos notícia de flagrantes de agressões físicas e psicológicas praticadas nas escolas entre alunos e contra professores. Mais conhecido como “bullying”, é uma realidade que está levando muitos estudantes a viverem situações de intimidação, ameaça e humilhação.
Pessoas vítimas dessa prática costumam apresentar maior probabilidade de sofrer depressão, abusar do uso de drogas e, o mais grave, querer desistir da vida. Atitudes agressivas intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes, chamam atenção por sua gravidade. A grande maioria das crianças sofrem caladas por sentirem vergonha e medo e isso pode levá-los a consequências devastadoras ao longo da vida. 
Hoje existe a Lei 13.185/2015 que institui o “Programa de Combate à Intimidação Sistemática”, obrigando a União, os Estados e Municípios a promoverem campanhas de conscientização e ações de combate ao bullying, nos âmbitos educacional, social e esportivo. Na rede pública, o problema é pior, mas nas escolas privadas também acontece com bastante frequência. A lei é primordial para ajudar no combate a esse tipo de atitude, porém é dever dos pais e responsáveis estarem atentos a qualquer mudança de comportamento dos filhos.
É fundamental ressaltar a importância de manter sempre um diálogo com os pais, pois é na educação que esses adolescentes recebem dentro de casa que se constrói a confiança e a autoestima. É nesse ambiente também que qualquer criança e adolescente aprende a respeitar as diferenças.
No ano de 2020, uma pesquisa desenvolvida pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), realizada com 2.702 adolescentes do nono ano em 119 escolas públicas e privadas da capital paulista, revelou que 29% deles relataram terem sido vítimas de bullying e 23% afirmaram terem sido vítimas de violência. Além disso, 15% disseram ter cometido bullying e 19% ter cometido violência.
Precisamos que os alunos reconheçam seus professores como adultos de confiança e suas escolas como ambientes positivos, para que eles se sintam confortáveis e seguros para denunciar qualquer atitude intimidadora que possa estar acontecendo. A inclusão social, o envolvimento dos pais e o apoio dos amigos, além da própria escola, é primordial para o combate ao bullying.
Não só a vítima, como também os agressores e as testemunhas necessitam de amparo, orientação e intervenções imediatas, para que consigam se desenvolver de forma saudável, eliminando qualquer episódio de violência que possa ter ocorrido em suas vidas. Só assim será restaurado naquele indivíduo o respeito ao próximo, a empatia, para que todos possam conviver em paz na sociedade.
*Roberto Alves é deputado federal pelo Republicanos SP