Líder do PRB abre diálogo com setor de pesquisa e tratamento de câncer

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Marcos Pereira abriu nesta tarde (01) um importante canal de diálogo com representantes de entidades que atuam em pesquisa e tratamento de câncer no Brasil. O encontro ocorreu em São Paulo e foi organizado pelo advogado e especialista em Direito Médico, Francisco Tadeu Souza. A intenção é o PRB levar as demandas do setor ao Congresso Nacional e fazer gestão junto aos órgãos competentes com o objetivo de avançar na incorporação de novas tecnologias e protocolos de saúde.
Um dos principais apontamentos do grupo se dá na burocracia excessiva para a abertura e conclusão de pesquisas médicas no país. Rodrigo Santucci, diretor médico do Instituto de Hematologia e Oncologia e especialista em doenças do sangue, disse que esbarra com frequência no trâmite das pesquisas, e que o atraso na avaliação dos órgãos competentes põe em risco a vida de milhares de pessoas que poderiam ser tratadas com novos medicamentos.
Souza, idealizador do encontro com o líder do PRB
“Temos bons centros de pesquisas, mas a avaliação e abertura desses procedimentos são muito demoradas”, reclama. Santucci tem sob sua coordenação 43 médicos que tratam de aproximadamente sete mil pacientes por mês. Para Carolina Cohen, diretora institucional da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), o Brasil tem “know-how” em tratamento de câncer, mas pode perder o apoio dos grandes laboratórios caso “percebam desinteresse do país”.
Outra reclamação trazida à discussão é a quantidade de leis sem eficácia que tem emperrado o desenvolvimento da saúde no país. “O problema não é aprovar projetos no Congresso Nacional, mas fazer com que elas funcionem de fato. No Brasil tem lei que pega e que não pega. Isso é um absurdo completo”, destacou o líder do PRB. Pereira deve promover uma nova reunião entre os representantes dos setores e a bancada de deputados do partido. A ideia é manter uma agenda positiva.
“Precisamos atuar não só no Congresso Nacional, mas fazer gestão junto aos órgãos competentes, sobretudo os fiscalizadores, para ajudar na celeridade dos projetos. O PRB quer fazer um trabalho premente na saúde, e ninguém melhor que vocês, que atuam na área, para poder contribuir nessa ação”, ponderou. A iniciativa de Pereira de ouvir o setor foi elogiada na reunião. “Nem todos os partidos estão interessados em abrir canal de comunicação e levantar essa bandeira”, disse Souza.
Também participaram da reunião Eduardo Tadeu (farmacêutico e diretor da Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite – ABPH); Andrea Bento (diretora jurídica da Associação Brasileira de Leucemia e Linfoma); Rita de Cássia Nascimento (relações públicas da International Myeloma Foundation Latin America); Amira Awada (Associação Paulista dos Familiares e Amigos Portadores de Mucopolissacaridoses e Doenças Raras – APMPS); Camila Finotti (gestora de projetos do Instituto Sorrir para a Vida); Laís Prado (advogada da Prefeitura de São Paulo), além de Welington Moura (deputado estadual eleito) e Sérgio Fontellas (vice-presidente do PRB paulista).
Diego Polachini – Comunicação – Presidência Nacional
Fotos: Alison Leite