Sancionado projeto de relatoria da deputada Maria Rosas que amplia proteção às mulheres vítimas de agressão

Sancionado projeto de relatoria da deputada Maria Rosas que amplia proteção às mulheres vítimas de agressão
O presidente Jair Bolsonaro sancionou, nesta terça-feira, a lei que prioriza vagas em centros de educação infantil para filhos de mulheres que sofreram violência doméstica. O Projeto de Lei 1619 de 2019, que deu origem a lei, altera a Lei Maria da Penha e tem relatoria da deputada Maria Rosas.
“A lei busca priorizar, assim como na assistência à mulher vítima de agressão, o atendimento aos dependentes dela nas escolas. A medida é mais uma ferramenta de proteção da vítima e das crianças e jovens sob sua responsabilidade”, avalia a parlamentar.
A deputada explica quem em muitos casos, as mulheres precisam mudar de residência e, seus dependentes acabam encontrando dificuldades para dar continuidade no ano letivo. “Por isso, a proposta garante a matrícula dos dependentes da mulher vítima de violência doméstica e familiar em instituição de educação básica mais próxima de seu domicílio”, explica.
Para assegurar o atendimento, é necessário apresentar documentação que comprove registro de ocorrência policial ou de existência de processo em curso. “Entretanto, a medida visa o sigilo sobre os dados dos envolvidos, inclusive sobre a documentação, acessível somente aos operadores de direito e os órgãos competentes do Poder Público”, reforça a deputada.
O projeto foi aprovado na forma de um substitutivo da deputada Flávia Arruda (PL-DF). Autora do texto inicial em 2017, a deputada Geovania de Sá (PSDB-SC) previa a prioridade na educação infantil (creches e pré-escolas) e, durante a tramitação, o texto passou a incluir também os ensinos fundamental e médio.
Números da violência doméstica no Brasil
Segundo dados de levantamento do Datafolha feito este ano, encomendada pela ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) para avaliar o impacto da violência contra as mulheres no Brasil, entre os casos de violência, 42% ocorreram no ambiente doméstico. Após sofrer uma violência, mais da metade das mulheres (52%) não denunciou o agressor ou procurou ajuda. Nos últimos 12 meses, 1,6 milhão de mulheres foram espancadas ou sofreram tentativa de estrangulamento no Brasil, enquanto 22 milhões (37,1%) de brasileiras passaram por algum tipo de assédio.
ASCOM – Assessoria de Comunicação