“Os Governos devem estar preparados para as mudanças na pirâmide da expectativa de vida da população. O Centro Novo Dia oferece acolhimento ao idoso que poderia se envolver em acidentes domésticos ou entrar em depressão por ficar muito tempo sozinho em casa. Estamos promovendo o envelhecimento ativo e garantindo a manutenção dos vínculos familiares”, afirma Hamam.
Centro Novo Dia é um espaço de acolhimento, proteção e convivência de idosos semidependentes, com idade igual ou superior a 60 anos, que em geral funciona entre 8h30 e 17h30, de segunda a sexta-feira (exceto feriados). A prioridade do atendimento é para aqueles cujas famílias não têm condições de dar atenção e cuidado durante o dia, pois precisam trabalhar e/ou estudar. Ao final da tarde, o idoso volta para casa, evitando institucionalizações desnecessárias.
O serviço oferece alimentação, atividades de lazer, cultura, área de descanso, enfermaria e sala de convivência com TV com DVD. A finalidade do Centro Novo Dia é promover a autonomia, a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida dos participantes, além da redução de acidentes domésticos e a participação da família e da comunidade no cuidado com o idoso. Para isso, deve contar com equipe específica e habilitada para dar o cuidado necessário aos beneficiários. A manutenção do equipamento é responsabilidade da Prefeitura, bem como a seleção dos participantes.
Atualmente, a Secretaria disponibiliza R$ 500 mil para obras e adequação de cada unidade, além de modelo arquitetônico. A capacidade de atendimento por equipamento é de até 50 idosos. Apenas considerando os últimos 10 Centros Novo Dia, são cerca de 400 vagas disponibilizadas pelo Estado. Outros 76 equipamentos estão previstos, objetivando implantar a maior rede de atendimento ao público da terceira idade, totalizando cerca de 3,5 mil novas vagas.
Segundo a Fundação SEADE, São Paulo tem atualmente 5,3 milhões de idosos. As projeções apontam que serão cerca de 7 milhões em 2020 em todo Estado. “Esses números impressionam pelo modo acelerado como este fenômeno está ocorrendo, mas também porque descortinam uma nova realidade. Em face de uma sociedade cada vez mais envelhecida, o Estado enfrenta novos desafios na elaboração de políticas públicas que atendam esta população, além da necessidade de repensar o espaço urbano e da adaptação da rede de serviços”, explica Rogerio Hamam.
Renata Gobatti
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