Em entrevista ao jornal Diário da Região, Gilmaci fala de sua trajetória política

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No último dia 5 de outubro, 103.127 mil eleitores no Estado deram ao líder religioso, Gilmaci Santos (PRB), a credencial para continuar representando a região Oeste de São Paulo por mais quatro anos. Em março de 2015, tomará posse de seu terceiro mandato.
“Enquanto parlamentar eu sempre tive um posicionamento que não mudou: o que é direito, o que é idôneo, a família”, disse. “Essas são bandeiras que não vão mudar. Vou continuar atuando em algumas frentes, como saúde, educação, direitos do consumidor, do idoso e das mulheres, além de mediar recursos para municípios, entidades filantrópicas e hospitais. Também vou lutar para que projetos apresentados nesses oito anos sejam aprovados”, completou.
ENTREVISTA
Descreva Gilmaci dos Santos Barbosa
Uma pessoa simples que gosta das coisas simples da vida, como ficar com a família, passear e cozinhar com a minha esposa. Quando não estou trabalhando na Assembleia Legislativa, em reuniões, ou visitando municípios, estou com a Ana em casa ou na Igreja. Em quase 23 anos de casados, nossa vida sempre foi essa.
Onde passou e como foi a tua infância?
Nasci em Dourados (MS), cresci em uma fazenda e fui morar com minha família no Paraguai em 1971, isso porque o governo estava cedendo terras para o plantio e ficamos mais ou menos um ano lá, foi uma experiência difícil, mas foi também naquele país que fui pela primeira vez para a escola. Tive uma infância muito difícil, mas sempre nos mantivemos unidos. Com 11 anos mudamos para Osasco e vivíamos em uma situação muito precária, chegamos a morar com mais de 30 pessoas em dois cômodos.
O que te emociona?
Muitas coisas, mas, principalmente, ver as pessoas felizes e conquistando o que almejam. Quando vejo pessoas que passaram por dificuldades na vida alcançando sonhos e objetivos, fico extremamente feliz. Não há como não se sentir tocado pelos dramas e alegrias das pessoas.
Com o que o senhor não se conforma?
Com a injustiça, essa, em minha opinião, é a pior coisa que existe; ser injustiçado, pagar ou ser punido por algo que não cometemos é algo terrível, mas faz parte da realidade.
Quando e por que veio para São Paulo?
Minha família veio para São Paulo em 1972, e como quase todo migrante, buscávamos melhores condições e oportunidades.
Com que idade o senhor começou a trabalhar?
Comecei a trabalhar ainda quando criança, já que éramos em 10 irmãos, precisávamos ajudar no sustento da casa. O primeiro emprego com registro em carteira foi aos 14 anos em uma indústria têxtil no bairro do Bom Retiro, em São Paulo. Trabalhei também no comércio varejista. Em 1987, movido pela fé, fui convidado a iniciar um trabalho evangelístico como pastor, alcançando outras cidades e até mesmo estados.
Em que momento a política esbarrou em sua vida?
Por conhecer de perto as necessidades da população, vimos que era preciso fazer mais. Em 1996, a Universal me escolheu para coordenar um trabalho político na região Oeste, e em 2000 e 2004, me candidatei ao cargo de vereador por Cotia, mas não tive sucesso. Foi algo bem intenso, visitamos diversas comunidades e conversamos com muitas lideranças durante a campanha. Trabalhamos alucinadamente e com recursos limitados, procurando dar o melhor, afinal de contas, sempre acreditamos que lograríamos êxito, mas só alcançamos a vitória em 2006 com 65.188 mil votos para uma cadeira na Assembleia Legislativa paulista. Em 2010 saltamos para 96.976 mil votos e agora, em 2014, conquistamos 103.127 mil votos.
Antes de ser político o senhor realizava algum trabalho social?
Como pastor não, apenas conversamos e aconselhamos pessoas, mas também visitamos comunidades e famílias carentes. Algumas pessoas precisam de uma palavra, de força, mas outras necessitam de mais, por isso a Igreja Universal do Reino de Deus, ministério que faço parte, criou diversos projetos sociais, como o Dose Mais Forte e o Anjos da Noite, entre outros. Na igreja, algumas vezes, a ajuda vem na forma de doações de roupas e alimentos, mas outras vezes são visitas a orfanatos, hospitais, asilos, leprosários e até penitenciárias. A Universal faz um lindo trabalho social. Realmente não dá para cruzar os braços vendo tantas mazelas, quando falamos em fome pensamos em regiões distantes como a África ou o sertão nordestino, mas a miséria está próxima de nós e eu a vi de muito perto.
O senhor acaba de ser reeleito para o terceiro mandato. Como ele será?
Enquanto parlamentar eu sempre tive um posicionamento que não mudou: o que é direito, o que é idôneo, a família. Essas são bandeiras que não vão mudar. Vou continuar atuando em algumas frentes, como saúde, educação, além do direito do consumidor, do idoso e das mulheres, além de mediar recursos para municípios, entidades filantrópicas e hospitais. Também vou lutar para que projetos apresentados nesses oito anos sejam aprovados.
O senhor é de Cotia, cidade que há anos espera por um projeto que resolva o trânsito na Raposo Tavares. Há um projeto do Veículo Leve Sobre Trilhos em projeto no Estado, mas não há prazos. O senhor deve tentar acelerar este projeto?
Vamos acompanhar esse projeto e tantos outros que busquem a melhoria da mobilidade na rodovia. Buscarei intervir ainda mais junto ao executivo estadual. Essa é uma luta que tenho defendido durante todo o meu mandato, pois é uma melhoria que precisa ser feita dentro da maior celeridade possível. Hoje São Paulo passa por um verdadeiro caos no trânsito, a frota de veículos do estado bateu recordes nos últimos anos, frequentemente temos discutido este problema na Assembleia. Vale lembrar que o governador Geraldo Alckmin tem sido sensível ao problema, tanto que é tem investimento pesado para melhorar o sistema viário de São Paulo, e essas melhorias vão alcançar Cotia também.
Que mensagem gostaria de deixar para o seu eleitor?
Graças a Deus temos trabalhado e desenvolvido diversas ações, e isso é contínuo, não aconteceu apenas no final do mandato, trabalhamos muito nesses oito anos. Os nossos eleitores têm acompanhado e divulgado o nosso trabalho, empenho e disposição; não conseguimos resolver todos os problemas, mas temos trabalhado da melhor maneira possível. Quero agradecer a todos os eleitores que têm confiado nesse trabalho, principalmente aos da Região Oeste. O resultado das urnas é a melhor resposta a este trabalho e mostra que estamos no caminho certo.
 
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Fonte: Jornal Diário da Região