Requerimento foi apresentado pelo deputado estadual Wellington Moura
Nesta quarta feira (12) na CPI das Quarteirizações, o deputado estadual Wellington Moura apresentou um requerimento no qual foi aprovada a convocação do falso médico, que atuava no Hospital Irmã Dulce em Praia Grande e também no PAM da Rodoviária do Guarujá. Conforme veiculado pela imprensa, o falso médico foi contratado pelas empresas “CAP – Serviços Médicos” e “Unidade Clínica de Ortopedia e Traumatologia (UCOT)”, subcontratadas pela organização social SPDM, para atuar no Hospital Irmã Dulce, no Município de Praia Grande, e também pela Organização Social Pró-Vida, no Município do Guarujá.As empresas envolvidas deixaram de exigir do falso médico os documentos probatórios de regularidade, junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM), comprovante de residência oficial, título de especialista ou comprovação mínima de dois anos na área.
O falso médico apresentou, no momento de sua contratação, uma carteira de habilitação paraguaia, em nome de Mohamed Sayd Kamel, e mesmo assim as empresas envolvidas deram seguimento à contratação do falsário. Em decorrência da negligência na contratação, o falso médico atendeu diversos pacientes, tendo inclusive medicado uma idosa com medicamentos para tratamento de COVID-19, sendo que o quadro clínico era de câncer, e infelizmente, a paciente veio a óbito.
O presidente da CPI (deputado estadual Edmir Chedid) perguntou ao deputado Wellington Moura: “Deputado como irá achar esse falso médico para o convocarmos?” Moura respondeu: “é fácil, ele está preso!” O requerimento foi aprovado por unanimidade. Agora, depois de aprovado o requerimento, a procuradoria da ALESP vai pedir uma autorização judicial para que o mesmo seja interrogado.
É bem provável que o interrogatório aconteça de forma On-line com o acusado, como tem sido feito com todos os convocados na CPI. Vale lembrar, que todas as audiências de custódia estão sendo realizadas nos presídios de forma virtual.
“O objetivo de interrogar o falso médico é de investigar se há envolvimento de funcionários na fraude e se existem outros médicos cadastrados, que desconheçam o vínculo com a organização social. Queremos descobrir como ele conseguiu ingressar através de uma ‘OS’ (Organização Social) em dois hospitais da Baixada Santista (Praia Grande e Guarujá)”, finaliza o deputado.
Texto e imagem: Ascom – deputado estadual Wellington Moura