De acordo com a legislação, os restaurantes, bares, bufês, cafés, botequins, lanchonetes, padarias, quiosques de ambulantes e similares ficam proibidos de utilizar e fornecer canudos de material plástico aos clientes. A mesma regra deve ser seguida por boates, casas de festas infanto-juvenis, casas de espetáculos, casas noturnas, clubes sociais, clubes de serviços e estabelecimentos congêneres.
Na ocasião em que o projeto de lei foi aprovado, na reunião ordinária de 8 de abril, Marcos Abdala ocupou a tribuna da Câmara para informar dados sobre o assunto. Ele disse que se um brasileiro usar um canudo plástico por dia, em um ano serão consumidos 75.219.722.680 canudos. “Produtos maiores são retirados com maior facilidade da natureza e aproveitados pela reciclagem, como o papelão e a lata de alumínio. Ninguém de nós nunca separou um canudo para a reciclagem. É um vilão silencioso, que leva 100 anos para se decompor na natureza”, disse o republicano na ocasião.
Como alternativa, o vereador Marcos Abdala sugere que os estabelecimentos substituam os canudos plásticos por canudos em papel reciclável, material comestível ou biodegradável, embalados individualmente em envelopes hermeticamente fechados, feitos do mesmo material.
O vereador comenta que, em princípio, esperava rejeição às mudanças, mas diz que a resposta foi positiva. “Desde a aprovação na Câmara, recebi vários telefonemas em meu gabinete. O assunto também ganhou discussão na sala de aula das universidades e colégios. Os comerciantes, quando começaram a ter contato com a lei, perceberam que a proibição do canudo plástico não trará impactos financeiros. Eles viram no canudo biodegradável uma alternativa. Faz alguns anos que temos a consciência, no entanto, é preciso uma mudança de comportamento e esta lei colabora nesse sentido”, avalia Marcos Abdala.
Para o parlamentar, a prova de que a sociedade está mais atenta às questões ambientais está na mais recente adoção, das redes internacionais de fast-food, de copos biodegradáveis, algo que ele considera um avanço nas discussões sobre consumo sustentável. “Os estabelecimentos fazem uma propaganda natural, com simpatia. Pode beber sem remorso, que não estará poluindo. Quando se fala em preservar, as pessoas prestam mais atenção, especialmente a nova geração, que quer consumir sem provocar danos ao meio ambiente”, reforça.
Texto e foto: Ascom – vereador Marcos Abdala