Esta é a segunda maior causa de mortes no país, perdendo apenas para acidentes de carro
Iniciamos no mês de setembro a campanha de prevenção ao suicídio “Setembro Amarelo”. A ideia é conscientizar as pessoas sobre o assunto e entender questões que geram sofrimento e doenças mentais.
Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a cada ano, cerca de 800 mil pessoas tiram a própria vida. Segundo a entidade, o maior índice de pessoas que cometem suicídio no Brasil e no mundo é de jovens entre 15 e 24 anos. Esta é a segunda maior causa de mortes no país, perdendo apenas para acidentes de carro. Já os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, referentes a 2017, indicam que os idosos com mais de 70 anos lideram o ranking de suicídio no País – são quase 9 casos a cada 100 mil habitantes. O abandono ao fim da vida é uma das principais causas. E na pandemia, esse quadro só tende a piorar. Os idosos, por serem grupo de risco para a Covid-19, estão lidando com o constante medo da morte. Eles estão perdendo a independência, autonomia e a participação social, tudo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) indica como um envelhecimento ativo.
No entanto, sejam idosos ou jovens, o fato é que, para OMS, 90% dos casos poderiam ter sido evitados. Por isso, devemos ficar alertas a alguns sinais, como isolamento, infelicidade e esgotamento. Ter um cuidado maior com pessoas que mudam drasticamente seus hábitos, perdem interesse em atividades que costumavam gostar, descuidam de sua aparência, rendem menos em trabalhos e estudos, pois todos esses sintomas alertam que a pessoa precisa de tratamento.
E identificando casos como estes, como podemos ajudar? De acordo com especialistas da área da saúde, precisamos escutar, deixar a pessoa falar com calma, sem julgar. Se interessar pelo impacto que está acontecendo com essa pessoa e ter empatia. Isso vai fazer ela gastar os sentimentos. Depois disso, levá-la até um profissional.
É possível encontrar ajuda nos Centos de Atuação Psicossocial (CAPS), em Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde), em Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Pronto Socorro, Hospitais ou em casos de emergência se pode optar pelo SAMU 192.
Também existem ONGs que prestam auxílio. O Centro de Valorização da Vida é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública Federal, desde 1973. O CVV presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato. Para atendimento, basta ligar no 188 ou acessar www.cvv.org.br para chat, disponível 24 horas.
Nós, o Republicanos, defendemos o direito à vida e ela deve ser integralmente preservada. A vida é a maior riqueza que temos. Cuide da sua e cuide do outro!
*Maria Rosas é deputada federal pelo Republicanos São Paulo e secretária estadual do Mulheres Republicanas SP