Exame corre risco de interferências de conteúdo e até mesmo de uma tentativa de privatizar a realização da prova
O Exame Nacional do Ensino Médio, mais conhecido como ENEM, é uma das principais formas de entrada nas universidades brasileiras. Diversas instituições do ensino superior utilizam a nota do ENEM para classificar seus candidatos.
Com o resultado deste exame, os participantes conseguem garantir uma vaga no curso superior em uma das instituições de interesse, seja ela pública ou privada.
Atualmente, diversos programas educacionais utilizam a nota do ENEM como critério de seleção. À exemplo disso é o SISU, Prouni, Fies e entre outros.
Responsável pela data do exame, o Inep ainda não divulgou o cronograma das provas de 2022 e, muitos educadores acreditam que a próxima edição do Enem corre risco de interferências de conteúdo (por falta de atualização do Banco Nacional de Itens, que elabora as provas) e até mesmo de uma tentativa de privatizar a realização do exame – o que pode desequilibrar sua qualidade.
Para muitos professores, a edição 2021 ficou mais conteudista. Algumas questões pediam o uso de fórmulas e, com isso, os participantes não conseguiam resolver apenas fazendo relação com seu cotidiano.
Não podemos deixar de olhar com atenção para o Enem. Ele é um exame que foi se aprimorando com o tempo e, custa pouco ao Estado. No entanto, tem valor inestimável para os estudantes. Na Câmara dos Deputados, sou 3° vice-presidente da Comissão de Educação e presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Educação Básica e Alfabetização no Brasil. Prezo por um ensino mais digno para todas as classes socioeconômicas do nosso país. A educação é um direito de todos e visa o desenvolvimento humano por meio do processo de ensino-aprendizagem, potencializando a capacidade intelectual de todo indivíduo.
*Maria Rosas é deputada federal pelo Republicanos SP e secretária estadual do movimento Mulheres Republicanas