A deputada federal e secretária estadual do Movimento Muheres Republicanas, Maria Rosas, é a terceira entrevistada do “Fala, republicano”. Ela ressalta o trabalho do partido na filiação e qualificação de mulheres para o trabalho político e sobre projetos importantes que já viraram leis ou ainda tramitam no Congresso Nacional.
Confira a entrevista:
Deputada, a senhora é conhecida nacionalmente como uma parlamentar ligada a causas como educação e pessoas com deficiência. Quais pautas tiveram o maior avanço no Congresso Nacional, nestas áreas, nos últimos anos?
Nos últimos anos, tivemos avanços significativos na educação e na inclusão das pessoas com deficiência. Tenho acompanhado de perto essas pautas e trabalhado para transformar boas ideias em políticas públicas reais. Apresentei proposições que buscam fortalecer a educação inclusiva e garantir apoio pedagógico especializado aos estudantes com deficiência, assegurando condições adequadas de aprendizado. Também sou autora de iniciativas para instituir campanhas nacionais de prevenção e combate aos crimes digitais contra crianças, adolescentes e pessoas com deficiência, tema urgente diante dos desafios da era tecnológica. Esses avanços, aliados a projetos de capacitação docente e à ampliação da acessibilidade, mostram que estamos no caminho certo. Estou empenhada em transformar políticas em oportunidades reais para cada estudante e para cada família brasileira.
E quais ainda precisam andar?
Ainda há um longo caminho a percorrer na educação inclusiva, e precisamos garantir formação continuada e especializada para professores, com metodologias que acolham todos os estudantes e respeitem suas necessidades, além de ampliar a acessibilidade nas escolas para que todos aprendam com dignidade e segurança. É fundamental também consolidar uma rede nacional de apoio às famílias e profissionais que lidam com estudantes com deficiência, oferecendo suporte técnico e pedagógico adequado, e avançar em projetos que promovam capacitação e inclusão produtiva no mercado de trabalho.
Um exemplo importante é o PL 4262/2020, de minha autoria, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, para especificar a terapia. Esse projeto já é lei, o que representa uma grande conquista na defesa dos direitos das pessoas com autismo e suas famílias. Além disso, tive a honra de ser eleita presidente da Comissão Especial do Autismo na Câmara dos Deputados, um espaço fundamental para ampliar o debate, propor políticas públicas efetivas e dar visibilidade às demandas dessa comunidade.
Como educadora e parlamentar, acredito que inclusão é mais do que acesso à escola, é respeito à dignidade humana, fortalecimento da família e construção de uma sociedade justa.
A senhora coordena, em São Paulo, o movimento Mulheres Republicanas. O que motiva um número cada vez maior de mulheres a participar da política?
O que tem motivado tantas mulheres é a consciência de que a política é um instrumento de transformação e de serviço ao próximo. As mulheres querem participar das decisões que afetam suas famílias, as comunidades e o futuro do país.
Além disso, exerço com muita felicidade o cargo de Procuradora da Mulher na Câmara dos Deputados, onde atuo em quatro pilares fundamentais: saúde da mulher, empreendedorismo, combate à violência e participação política.
No pilar da saúde da mulher, temos realizado palestras em diversas regiões do estado e promovido ações práticas, como as carretas da mamografia, que já realizaram mais de 9 mil exames, levando prevenção e cuidado para milhares de mulheres.
No pilar do empreendedorismo, capacitei mais de 2.800 mulheres para o mercado de trabalho em São Paulo, com cursos e programas que incentivam a independência financeira e o protagonismo feminino.
No combate à violência contra a mulher, sou autora de projetos que já se tornaram leis nacionais, reforçando a proteção às vítimas e o fortalecimento das redes de apoio.
E, no pilar da participação política, seguimos ampliando a presença feminina nos espaços de poder. Em 2024, registramos um crescimento de 111% no número de mulheres candidatas, totalizando 2.236 candidatas em todo o estado de São Paulo, resultado de um trabalho constante de incentivo, formação e acolhimento dentro do movimento Mulheres Republicanas.
Esse avanço mostra que o engajamento feminino está transformando a política com valores, fé e compromisso com o bem comum.
4 – Em 2024, o Republicanos SP elegeu mais de 100 mulheres, entre prefeitas, vice-prefeitas e vereadoras. A que a senhora atribui esse resultado?
Esse resultado é o reflexo de um trabalho contínuo de formação política, valorização e incentivo à liderança feminina dentro do Republicanos. As mulheres compreenderam que o espaço público também nos pertence e se prepararam para ocupá-lo com competência e propósito.
Capacitação, valorização e representatividade foram os pilares desse avanço. Realizamos cursos de formação política e capacitação para pré-candidatas, grandes encontros regionais, entrega dos prêmios “Mulheres Nota 10” e “Mulheres em Destaque”, além de reuniões mensais voltadas à conscientização sobre a importância da mulher na política.
Atribuo esse avanço à organização do movimento Mulheres Republicanas no estado de São Paulo, ao investimento em capacitação e representatividade que inspira nossa caminhada. Cada vitória representa o reconhecimento da sociedade de que a mulher traz sensibilidade, firmeza e compromisso com o cuidado humano, qualidades essenciais para a boa política.
Qual a perspectiva do partido para 2025, falando especificamente de participação feminina?
A perspectiva é de crescimento e consolidação. O Republicanos continuará ampliando o número de mulheres filiadas, preparadas e eleitas, fortalecendo a presença feminina em todos os níveis da vida pública. Nosso objetivo é que mais mulheres estejam prontas para liderar com ética, fé e responsabilidade. Queremos que cada republicana se reconheça como agente de transformação.
Representando o estado de São Paulo no Congresso Nacional, seguirei defendendo projetos que garantam igualdade de oportunidades, combate à violência contra a mulher e valorização da família, pois acredito que a mulher é protagonista na construção de uma sociedade mais justa e solidária.
