Instituto Nacional do Câncer aponta que são 66 mil novos casos de câncer de mama por ano no Brasil, com uma média anual de 18 mil mortes
O mês começa com mais uma campanha para chamar a atenção à realidade atual do câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce: o Outubro Rosa. No Brasil, este é o tipo mais comum de câncer entre as mulheres, depois do câncer de pele não melanoma. O Instituto Nacional do Câncer aponta que são 66 mil novos casos e 18 mil mortes por ano. Por isso, mais do que atenção, é preciso fazer os exames anuais de prevenção. Você está se prevenindo?
Na pandemia o cenário piorou, pois causou a queda de realização de mamografias – a baixa adesão ao exame, na maioria das vezes, está associada a fatores socioeconômicos. Um levantamento da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) indicou que, em 2020, o número de mamografias realizadas por mulheres entre 50 e 69 anos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) foi de 1,1 milhão – em 2019, foram 1,9 milhão. O número representa uma redução de 42% nos exames realizados por mulheres nessa faixa etária, que é a preconizada pelo Ministério da Saúde para realização do exame a cada dois anos.
Em São Paulo, o programa estadual “Mulheres de Peito” levou, em setembro, carreatas para várias cidades, incentivando mulheres a realizar mamografias para diagnóstico e tratamento precoce do câncer de mama. Então fique atenta – por todo o país, são inúmeros os postos de saúde que fazem esse tipo de mutirão.
Por aqui, em Brasília, o Congresso receberá uma iluminação especial das torres e das cúpulas com a cor-tema do mês. Para o dia 8 de outubro, está prevista a realização de uma sessão solene em alusão a campanha. A Secretaria da Mulher também distribuirá bottons de metal e tecido, na cor rosa, no formato de laço, para marcar e promover a conscientização dos parlamentares.
Estão programadas ainda quatro audiências públicas, sempre às quintas-feiras, às 15 horas, com transmissão pelos canais da TV Câmara e da Secretaria da Mulher no Youtube, e ainda pelo portal E-Cidadania. No dia 7, o tema será “A importância da navegação de pacientes para a melhoria da atenção ao câncer de mama”; no dia 14, o tema será “Enfrentamento ao câncer de mama nas jovens mulheres – 18 a 49 anos”; para o dia 21/10 foi programado debate sobre “As consequências da pandemia para o diagnóstico e tratamento do câncer de mama e de útero no Brasil”; e no dia 28/10, “A aplicabilidade das Leis 10.223/2001, 12.802/2013 e 13.770/2018 da reconstrução mamária no Brasil”.
Na Câmara dos Deputados tenho atuado em prol da saúde feminina e por isso, apresentei o Requerimento 774/2019, que indica, ao Poder Executivo, o aperfeiçoamento de ações de atenção à saúde de mulheres com endometriose. A ideia é que se adotem, no âmbito do Sistema Único de Saúde, capacitação de profissionais de saúde para desenvolver o olhar atento para a possibilidade da doença, assegurando o pleno acesso ao diagnóstico e tratamento. Precisamos dar atenção à saúde da mulher de forma geral através da prevenção, atendimento e tratamentos especializados.
Também participo de palestras, que esclarecem sobre a importância do autocuidado. Temos que maximizar a exposição das informações para que cada vez mais mulheres e população em geral estejam conscientes. Mulheres unidas se apoiam e ações positivas estimulam o interesse para questões como exames e a prevenção, colaborando para a melhora da saúde da mulher. Sigamos juntas, mulheres.
*Maria Rosas é deputada federal pelo Republicanos SP e secretária estadual do movimento Mulheres Republicanas