Marcos Pereira foi convidado para falar sobre sua experiência como ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, na construção do programa Rota 2030. O parlamentar destacou o trabalho feito a várias mãos com a ajuda do governo federal, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).
“Conseguimos concluir esse trabalho ainda em setembro de 2017, ano em que o programa automotivo Inovar-Auto iria expirar e precisávamos trazer uma nova política industrial para o Brasil. Sabemos da relevância da indústria automotiva para o nosso país, que emprega quase 1,6 milhão de pessoas e gera a arrecadação de mais de 40 bilhões de reais para os cofres públicos anualmente. Focamos em agregar tecnologias avançadas que fazem parte da indústria 4.0, a chamada quarta revolução industrial, que já está presente na indústria automotiva”, explicou.
De acordo com Marcos Pereira, o Brasil possui 26 montadoras instaladas em 10 estados e só em São Paulo há 27 unidades industriais do setor, que representam a maioria da indústria automotiva do Brasil. “O Rota focou em algumas premissas básicas, como a eficiência energética, e esse tema está de acordo com a pauta desta Frente que reinstalamos hoje. Num futuro próximo teremos carros híbridos que utilizam biocombustíveis. Pela primeira vez o Brasil tem um programa automotivo que olha para o futuro e para as próximas gerações. Biocombustível e eficiência energética são temas que devem ser tratados como políticas de Estado e não de Governo”, ressaltou o republicano.
Pereira lembrou que esse programa também induz a um comportamento inovador do brasileiro, principalmente em relação aos biocombustíveis. “Em termos de vantagem econômica e ecológica, o etanol brasileiro está muito à frente. Ele é referência mundial de tecnologia e inovação e ocupa apenas 2% na área agrícola do Brasil nas plantações de cana de açúcar. Sabemos que o álcool produzido nos EUA, na China e na Europa, é diferente porque ele compete diretamente com produtos alimentícios, o que não é o caso do Brasil”, argumentou.
Por fim, o deputado Marcos Pereira informou que além da modernização automotiva, o programa prevê uma redução de custos com acidentes e redução das mortes no trânsito. Segundo ele, espera-se entre 2022 e 2027 uma redução de 48 bilhões de reais em razão de uma maior segurança veicular que esse programa pretende ampliar.
Participaram do painel “Rota 2030” o presidente da Consultoria DATAGRO e integrante do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), Plínio Mário Nastari, o representante da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Henry Joseph Júnior, e o Executivo do Ministério da Economia, Igor Calvet.
Texto: Mônica Donato / Ascom – Liderança do PRB
Fotos: Douglas Gomes