“Chorei ao ler a matéria. Dezenas de meninas são abusadas todos os dias, escravizadas e humilhadas em troca de um prato de comida. Muitas engravidam aos 12 anos de idade e nem sabem como isso aconteceu. Desinformadas, são levadas a acreditar que se trata de uma prática culturalmente ‘normal’. Muitas declaram que nem sabiam que era um estupro, um crime”, comenta Alves.
De acordo com informações do Conselho Tutelar do município de Cavalcante, há uma média de 60 denúncias por ano, a maioria de abuso contra as meninas kalungas. Para o deputado, o caso deve ser incluído na pauta da CPI. “Essas meninas são frágeis, vulneráveis e precisam de ajuda. A Câmara dos Deputados precisa ouvi-las. A Justiça está fazendo a sua parte e esses criminosos devem ser punidos. Ainda existem infinitos casos sem solução que queremos investigar na comissão”, disse.
Serão chamados a prestar esclarecimentos o vereador e vice-presidente da Câmara Municipal de Cavalcante, Jorge Elias Ferreira Cheim (PSD), e Neovalto Cândido de Souza, ex-vereador e atual assessor da Câmara Municipal da cidade, ambos acusados de estupro. Alves também sugere que sejam ouvidos representantes do Conselho Tutelar do município de Cavalcante.
O deputado, além de defender a causa dos jovens negros e pobres do país, também é o presidente da Frente Parlamentar Contra o Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, na Câmara.
Texto: Ana Lídia – Ascom deputado federal Roberto Alves
Edição: Ascom Liderança do PRB
Fotos: Douglas Gomes