Capital – Aconteceu na última terça (22), na Câmara Municipal, o seminário “Os Desafios da Acessibilidade e Inclusão Social na Cidade de São Paulo”. Com a proposta de provocar o debate e a reflexão sobre as questões de mobilidade e de espaços públicos e privados adaptados às necessidades da pessoa com deficiência, o evento promovido pelo líder do Partido Republicano Brasileiro, vereador André Santos, contou com a participação de especialistas que chamaram atenção para o tema.
Os desafios para a independência; conquistas e avanços necessários; inclusão social; acessibilidade no mundo corporativo e políticas públicas para pessoa com deficiência foram alguns dos assuntos abordados. Para a secretaria-adjunta da Pessoa com Deficiência, Marinalva Cruz, quando os espaços são construídos com a ideia de inclusão toda a sociedade ganha. “Quando o espaço é bom para quem tem deficiência, ele automaticamente é bom para todo mundo”, afirma.
As questões que envolvem acessibilidade para as pessoas com deficiência estão muito além da mobilidade. A presidente da CPA (Comissão Permanente de Acessibilidade), Silvana Cambiaghi, frisou a importância do acesso em geral, como em sites adaptados, e não apenas nas estruturas físicas dos espaços. “Temos consciência de que não conseguimos fazer muito rapidamente, mas a nossa busca é ampliar cada vez mais o acesso em cada vez mais lugares”, disse a presidente.
Para o vereador e líder do Partido Republicano Brasileiro (PRB), André Santos, eventos como este fomentam a discussão sobre um assunto essencial no desenvolvimento da sociedade. “É de extrema importância que tenhamos uma preocupação genuína com as questões de mobilidade e inclusão, principalmente das pessoas com deficiência que são as que enfrentam maiores dificuldades. A cidade precisa estar pronta para facilitar a mobilidade e a integração dessas pessoas”.
Simulação
Os convidados do evento foram surpreendidos logo na entrada com uma simulação de deficiência visual. Segundo o idealizador, Elizeu Albuquerque, esse tipo de exercício é importante para que as pessoas sintam, mesmo que minimamente, as dificuldades enfrentadas todos os dias pelas pessoas com deficiência.
A terapeuta ocupacional Veruschka Moreira foi uma das participantes da atividade. Ela teve os olhos vendados e a missão de chegar até o auditório do evento sem ajuda de terceiros. Ela levou três minutos para chegar ao local em um trajeto que levaria no máximo 10 segundos. “Foi uma sensação ruim e uma experiência muito diferente, mas que ajudou muito a entender o outro”.
De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) São Paulo tem cerca de 2,2 milhões de moradores com algum grau de dificuldade para enxergar. No total, mais de 800 mil são considerados pessoas com algum tipo de deficiência, incluindo cadeirantes.
Fonte: Ascom Vereador André Santos