Maria Rosas explicou que o projeto busca inserir a pessoa com deficiência no contexto social, partindo do princípio que se trata, sobretudo, de uma questão de cidadania e de redução da desigualdade social. O projeto prevê tradução para libras de todo o conteúdo digital em texto, áudio e vídeo. “A medida reduz as barreiras de acesso às tecnologias da informação e comunicação e, amplia as oportunidades para que a pessoa com deficiência possa usufruir do mundo web”, destacou a parlamentar.
De acordo com estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 9,7 milhões de brasileiros são deficientes auditivos, o que representa 5,1% da população do país. No que se refere à idade, quase um milhão são crianças e jovens até 19 anos. Ainda segundo os dados, 30% dos surdos brasileiros não sabe ler português. Os restantes 70% sabem ler português, mas não têm entendimento claro do idioma.
A republicana observa que a falta de acessibilidade não decorre da carência de aplicativos, softwares ou outros recursos digitais, mas de uma ação mais proativa e comprometida do poder público. “É possível encontrar no mercado diversos programas de internet capazes de traduzir o conteúdo para libras, inclusive, gratuitos, abertos e com versões para os mais diversos tipos de dispositivos eletrônicos e sistemas operacionais”, lembrou.
Saiba mais
A surdez pode ser tanto adquirida quanto hereditária. Infecções contraídas durante a gestação, além de remédios podem provocar má-formação no sistema auditivo do bebê. Na idade adulta, acidentes de trânsito e de trabalho podem desencadear o quadro.
Texto: Ascom – deputada federal Maria Rosas
Foto: Douglas Gomes