Durante três horas e meia, Agopyan falou sobre a gestão da USP e respondeu a questões feitas pelos parlamentares que compõem a comissão. Wellington Moura perguntou, entre outras coisas, sobre o fato de a USP não conseguir manter a folha de pagamento de seus funcionários em 75% da verba que recebe do governo paulista, conforme determina decreto estadual. De acordo com o reitor, após uma nova avaliação, por conta principalmente do pagamento de servidores aposentados, esse percentual subiu para 85%, mas ainda assim ultrapassa os 100%.
“O reitor trouxe muitos esclarecimentos em relação às perguntas que os deputados fizeram. Vamos seguir investigando e vendo se realmente existem irregularidades e quais são, já que há denúncias também do Tribunal de Contas e do Ministério Público do Estado de São Paulo a serem apuradas”, destacou o republicano.
Na semana passada, a CPI ouviu o reitor da Unesp, Sandro Roberto Valentini, que também relatou problemas financeiros enfrentados pela instituição, principalmente em relação ao pagamento de funcionários inativos.
O presidente da comissão deixou aos reitores a possibilidade de um novo convite para que prestem mais informações. Os dois se dispuseram a voltar caso seja necessário. “Vamos fazer uma avaliação e ver quem mais nós precisamos convidar ou convocar para a CPI. É importante nós apresentarmos fatos que tragam transparência para a população sobre a real situação das universidades públicas de São Paulo”, concluiu Moura.
Nesta quarta-feira (26), a comissão ouvirá, às 10h, o reitor da Unicamp, Marcelo Knobel. A CPI das Universidades Públicas da Alesp tem como finalidade apurar se há irregularidades na gestão da USP, Unesp e Unicamp especialmente em relação ao uso da verba de 9,57% do ICMS do Estado de São Paulo destinada a elas.
Texto e foto: Ascom – deputado estadual Wellington Moura