Ao justificar a iniciativa para realização do evento, Maria Rosas disse que as homenagens às mulheres não devem acontecer apenas no mês de março. “Nesta merecida homenagem, nunca tardia às nossas mulheres, gostaria de destacar algumas que fazem a história do nosso país. Essas conquistas precisam ser sempre lembradas para servir de exemplo a esta e às futuras gerações: por menor que seja, toda ação que busque igualdade de direitos, respeito humano e abominação a qualquer espécie de violência, é útil e necessária”, afirmou a deputada.
Damares Alves estendeu a homenagem recebida a todas as mulheres do Brasil e lamentou o fato de muitas mães não terem motivos para comemorar no próximo domingo, já que perderam seus filhos para o crime, o suicídio e tantas outras formas de violência. “Muitas mulheres estarão tristes porque estão desempregadas ou com os filhos presos, mas trago uma mensagem de esperança. Nós estamos construindo uma nova Nação, um grande país. Sonhamos com uma Nação em que no Dia das Mães, todas as mulheres estejam à mesa farta, sorrindo ao lado de seus filhos”, disse a ministra.
Rosangela Gomes destacou a importância de as mulheres participarem da política para dar visibilidade e voz às mulheres que fazem um trabalho diferenciado, mas, muitas vezes, não são ouvidas. “Estou no meu segundo mandato nesta Casa e me orgulho de ter sido relatora da CPI da Violência Contra Jovens Negros e Pobres, que resultou em 18 projetos de lei. Destaco um, de minha autoria, que destina 0,2% do Imposto de Renda para criação do Fundo de Combate às desigualdades”, disse a republicana, que é coordenadora nacional do PRB Mulher.
O juiz Fábio Francisco Esteves se disse honrado por estar numa mesa composta por dois negros de origem humilde (ele e Rosangela Gomes) que hoje chegaram a uma posição de destaque. “Sou filho de uma mãe negra, empregada doméstica e que ficou viúva quando eu tinha 11 anos de idade. Eu não seria nada se não fosse esta mulher, minha mãe”contou. O juiz lamentou o fato de muitas mulheres ainda sofrerem com a violência no país. “Em 2016 julguei 13 casos de feminicídio no Distrito Federal. E, em 2017, foram 63 casos”, completou.
A advogada Cristiane Britto cumprimentou todas as mães que enfrentam o desafio de aliar profissão à maternidade e adiantou qual será sua principal meta no Ministério. “Comprometo-me a dar o melhor de mim no combate à violência doméstica. Precisamos enfrentar com seriedade e mostrar resultados rápidos. Não podemos mais perder nenhuma mulher para essa covardia”, afirmou.
Também foram homenageadas
A major do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, Ive Lorena Athaydes, primeira mulher a assumir o comando do 18º Grupamento de Bombeiro Militar da Região Administrativa de Santa Maria no DF. A presidente do Instituto Mulheres Solidárias de São Paulo, Ana Karin Dias Andrade (PRB), que tem mais de 30 anos de vida pública e é idealizadora do disque denúncia de combate ao chamado Turismo Sexual Infantil.
A idealizadora do perfil no Instagram “Downpracima”, a arquiteta Mariana Borsoi que é pós-graduada em Síndrome de Down e, junto ao esposo, realiza o acolhimento aos pais que acabaram de ter a notícia de um filho com Síndrome de Down. E a presidente da Associação de Mulheres Cristãs em São Paulo, Patrícia Ferreira da Silva Costa.
Por fim, Maria Rosas disse que não poderia deixar de destacar “as mulheres que estão longe dos palcos e plenários, longe da mídia e dos holofotes, mulheres anônimas que batalham todos os dias por seu espaço, enfrentando dificuldades imensuráveis como falta de trabalho e de oportunidades, rejeições, traições, agressões, conflitos emocionais, violência, incompreensões, indiferenças, descaso e humilhações. São brasileiras comuns que, muitas vezes, sem saber e de maneira totalmente desconhecida, dão a sua contribuição diária para legitimar uma luta que é de todos: uma luta de todas as mulheres da Nação”.
Texto: Mônica Donato e Érica Junot / Ascom – Liderança do PRB
Fotos: Douglas Gomes