“O projeto de lei pode ir ao encontro de uma necessidade que facilitará a vida dos cidadãos. Porém, é preciso ouvir todos os lados, entender as dificuldades comerciais ou de padronização internacional, contrabalanceando com o que o próprio projeto já diz, que alguns argumentos não podem se impor a falta de liberdade e bem estar dos usuários de telefonia móvel”, afirmou o parlamentar.
Na Europa, desde 2011, comercializam celulares com carregadores padronizados. Muitas empresas até afirmam vender aparelhos sem o carregador, já que cerca de 70% dos clientes já possuem um carregador compatível. O custo saiu menor, tanto para o consumidor, quanto para o empresário, com menos um item na caixa, eles economizam espaço e gastam menos com o transporte dos aparelhos.
Levando em consideração a responsabilidade com o meio ambiente, “menos carregadores são criados para potencialmente irem para o lixo”, acredita do deputado. Só no Reino Unido, 100 milhões de carregadores estão inutilizáveis, podendo ser descartáveis a qualquer momento. “Estudo da ITU, órgão da ONU, calcula com a padronização a indústria mundial deixará de produzir 51.000 toneladas de carregadores, que representa uma redução de 13,6 milhões de toneladas por ano de emissões de gases causadores do efeito estufa. Trazendo esta realidade apenas para o Brasil, já é um ganho considerável e de grande valia na preservação ambiental”, finalizou Roberto Alves.
Na audiência pública foram ouvidos representantes da Associação Brasileira da indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Ministério da Justiça, Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Procon, ProTeste e do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
Fonte: Ascom do Deputado Roberto Alves
Foto: Douglas Gomes