Pinato defende a aprovação das propostas como uma das medidas emergenciais que devem ser tomadas no enfrentamento do problema. “A ideia é possibilitar a contratação simplificada de empresas especializadas em recursos hídricos ou que possuam tecnologia específica para despoluir (recuperar) os mananciais e conservá-los limpos. São Paulo vive um momento crítico. As empresas brasileiras não possuem tecnologia de ponta capaz de solucionar parte do problema num curto espaço de tempo. O governo de São Paulo cogita até usar as águas da represa Billings, caso a crise se agrave”, explica o deputado.
Pinato chama atenção para o alto consumo de água tratada por parte das indústrias. “As indústrias são as que mais consomem água tratada. Parte dessa água tratada poderia ser utilizada para consumo humano, mas está sendo usada pelas indústrias, não só como matéria prima, mas, também, para lavar o chão, os equipamentos, os jardins, etc. Isso acontece porque o preço de captação da água e o preço do despejo dessa mesma água é mais barato do que reutilizá-las”, explica.
De acordo com o deputado, o Projeto de Lei 182/2015 contribui, na medida em que isenta do pagamento do Imposto Sobre Produto Industrializado (IPI) os equipamentos e máquinas utilizados para reuso da água captada pela indústria. Ainda segundo ele, o preço dos equipamentos no Brasil ainda é o maior entrave e a proposta visa incentivar a compra dos referidos equipamentos necessários ao reaproveitamento da água, para ser usada em atividades que não necessitam de água potável.
Por Mônica Donato
Foto: Douglas Gomes