“Existe uma frase que creio ser oportuna para este momento: ‘o povo sofre por falta de conhecimento’. Não podemos chegar aqui lançando uma frente sem entender o que é a alfabetização e como se dá esse processo. Por isso, o colegiado vai primeiro fazer com que os parlamentares conheçam e dominem o assunto da alfabetização, para então, podermos debater”, explicou.
Maria Rosas defendeu, ainda, a importância de conhecer como o assunto está sendo visto e tratado nas esferas acadêmicas e governamentais, visando a união de forças com o intuito de avançar no tema. A republicana, que é idealizadora e coordenora do colegiado, foi professora por 15 anos e é especialista em alfabetização.
O deputado federal Luizão Goulart (PRB-PR), tomando por base sua experiência em 17 anos como professor, listou os principais desafios. “Temos dificuldades imensas que vão desde a capacitação dos professores e má remuneração, às estruturas deficientes das escolas. Como se não bastasse, o Brasil está em primeiro lugar no ranking de violência contra professores em sala de aula”, pontuou.
Convidado a debater o assunto, o coordenador geral de Neurociência, Cognitiva e Linguística do Ministério da Educação, Renan de Almeida Sargiani, falou da importância da aprendizagem de crianças. “O que sabemos sobre o cérebro hoje é que a capacidade de se adaptar para aprender o novo é muito importante na primeira infância, período que vai do nascimento aos seis anos”. Renan, doutor em Linguagem e Alfabetização, defende que a educação infantil não seja um espaço apenas para brincadeiras e sim, um local no qual brincar tenha sempre como objetivo a aprendizagem.
Saiba mais o Analfabetismo
De acordo com o relatório mais recente da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), divulgado em 2017, existem 758 milhões de adultos analfabetos no mundo, dos quais 115 milhões têm entre 15 e 24 anos. No Brasil o número chega a ultrapassar os 13 milhões.
Texto: Fernanda Cunha / Ascom – Liderança do PRB
Fotos: Douglas Gomes