“Pretendemos desenvolver agenda contínua com reuniões, visitas técnicas e, claro, diálogo com os representantes do segmento da sociedade que são prejudicados direta e indiretamente por esse tipo de crime. A partir disso, poderemos criar mais projetos de leis que nos conduzam às soluções para amenizar os efeitos do roubo de cargas”, afirmou Squassoni.
Segundo o delegado da Polícia Federal, Luis Flávio Zampronha, as quadrilhas atuam de forma interestadual, sobretudo na região Sudeste. “O problema atinge todo o país, em especial, os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, por serem os maiores centros logísticos e concentrarem grande número de compradores de mercadorias”, explica Zampronha.
Já o secretário de Política Nacional de Transportes, Herbert Drummond, ressaltou que o Ministério dos Transportes vem desenvolvendo ações voltadas para a segurança nas rodovias, algumas delas em parcerias com outras pastas. Uma dessas inciativas é o BR Legal, programa que elabora estudos para melhorar as condições da segurança viária da malha federal, sob jurisdição do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). “Instalamos um fórum permanente do transporte rodoviário de cargas que prioriza os vendedores autônomos, grandes usuários das rodovias”, informou.
O líder do bloco PRB, PTN, PMN, PRP, PSDC, PRTB, PTC, PSL e PTdoB, deputado Celso Russomanno, alerta que esta é justamente a maior adversidade enfrentada pelos caminhoneiros. “O roubo de cargas assumiu dimensões tão absurdas que as seguradoras cobram em média 40 mil reais, por ano, para assegurar os veículos. Recebi recentemente representantes de associações que estão se reunindo para angariar recursos e garantir meios de minimizar os prejuízos”, disse o parlamentar. “Veja a que ponto chegamos”, complementou.
Virginia Lara, presidente da Federação Nacional das Associações de Caminhoneiros e Transportadores (Fenacat), reforçou as observações de Russomanno. “Se acontece um roubo, o motorista é sempre o mais prejudicado. Se ele for autônomo, terá dificuldades em conseguir novas encomendas e, se for funcionário, perderá a credibilidade. Ademais, há o risco de vida que esses profissionais enfrentam diariamente”, argumenta a presidente. Segundo ela, a federação conta com a adesão de cerca de 200 mil caminhoneiros associados.
Por fim, Squassoni ressaltou que, entre 2013 e 2015, o índice de roubo de cargas subiu 39,6% nos nove municípios da Baixada Santista. “Foram registradas 46 ocorrências nos quatro primeiros meses de 2015, contra 33 em igual período há dois anos. O republicano propôs um esforço conjunto dos órgãos competentes e do Parlamento no sentido de garantir uma maior segurança nas estradas do Brasil”, acrescentou.
A Frente conta com a adesão de 207 deputados e dois senadores.
Texto: Fernanda Cunha / Ascom – Liderança do PRB
Fotos: Douglas Gomes