Jerusalém – No penúltimo dia da missão do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) a Israel, o ministro Marcos Pereira (PRB) testou a tecnologia de carro autônomo que está sendo desenvolvida pela empresa MobilEye, em Jerusalém. Durante 20 minutos, o ministro fez um passeio em um veículo que conseguiu detectar pedestres, semáforos, trocar de faixas, acelerar e diminuir sua velocidade de forma autônoma.
“Temos a expectativa de que o Brasil seja um dos primeiros países a ter esses veículos”, disse o ministro ao final do trajeto. “Penso que esta tecnologia se adequa ao que estamos discutindo para a nova política automotiva brasileira, a Rota 2030”, complementou.
“A previsão é de que em 2021 o carro autônomo seja comercialmente lançado no mundo, mas a empresa, que está construindo um centro de P&D em Jerusalém voltado especificamente para o setor, utilizando tecnologias de vários lugares do mundo, nos disse hoje que a partir do próximo ano, na Europa, diversos modelos já estarão em teste nas ruas”, informou o secretário de Desenvolvimento e Competitividade Industrial do MDIC, Igor Calvet, que integra a missão brasileira a Israel.
A empresa, especializada em sistemas automotivos anticolisão, foi recentemente adquirida pela Intel por US$ 15 bilhões, opera em mais de 48 países e tem tecnologia aplicada em mais de 10 milhões de veículos no mundo.
Ourcrowd
Na Ourcrowd, o ministro Marcos Pereira e os técnicos do MDIC foram recebidos pelo vice-presidente, Josh Wolff. A Ourcrowd é uma plataforma com investidores de 112 países, criada há quatro anos e que investe em 120 startups.
“Foi uma visita importante para sabermos como esta empresa mudou a forma como o capital de risco é investido no mundo” disse o ministro. A partir da criação da plataforma israelense, investidores com valores menores, a partir de US$ 10 mil, começaram a ter acesso a um mercado que antes era exclusivo de fundos de capital de risco. O Secretário de Inovação e Novos Negócios do MDIC, Marcos Vinícius de Souza, concluiu que a visita foi muito produtiva e importante para o sucesso do novo programa de internacionalização de startups que deve ser lançado ainda este ano.
JVP
No JPV, considerado um dos mais bem sucedidos fundos de investimento de capital de risco do mundo, a delegação brasileira conheceu a estratégia de internacionalização das startups nas quais a empresa investe. “Eles têm uma metodologia e uma experiência grande de fazer com que as startups israelenses já nasçam globais, vendendo para o mundo inteiro”, assinalou Marcos Pereira.
“É algo que precisamos desenvolver no Brasil. Temos um mercado interno muito grande, o que acaba muitas vezes acomodando as nossas startups a se focarem apenas no mercado nacional” complementou o ministro. O sócio da JVP, Uri Adoni, informou que a empresa tem interesse em fazer investimentos no Brasil para apoiar startups brasileiras que tenham potencial de se tornarem globais desde o seu nascimento.
Texto e foto: Ascom MDIC