O coordenador nacional do movimento PRB Saúde, Paulo André, participou do debate sobre o aborto realizado na Câmara Municipal de São Paulo, na terça-feira (5), e apresentou dados e informações alarmantes sobre o problema de saúde pública. Segundo ele, no ano passado quase um milhão e meio de mulheres fizeram o aborto inseguro, ou seja, procedimento de interrupção da gravidez realizado fora de condições hospitalares, utilizando os mais diversos e perigosos métodos.
“Problemas de saúde pública não são resolvidos com matança” ressaltou ele referindo-se à gravidez indesejada. “Precisamos criar políticas públicas voltadas para educação sexual nas escolas, projetos com associações de bairro, ampliação da distribuição de contraceptivos e outras ações preventivas. Não podemos mais tratar este assunto com tabu, pois o número de mulheres que se sujeitam ao aborto está aumentando”, afirmou.
Outro ponto importante abordado pelo sanitarista foi a confusão que muitas pessoas ainda fazem entre métodos contraceptivos e aborto. “Método contraceptivo é feito para evitar que a gravidez aconteça, o aborto acontece quando o óvulo já está fecundado”, explica. Baseado nessa questão, Paulo afirma que a problema é amplo e envolve questões políticas, biológicas, sociais e até religiosa. “Os parlamentares precisam se empenhar em propor uma legislação apropriada para combater o problema, antes que o Judiciário o faça. Se isso acontecer, nossa democracia pode ser abalada”, conclui.
A audiência reuniu estudantes de escolas públicas e parlamentares interessados na temática. Os vereadores do PRB, Atílio Francisco e Jean Madeira estiveram presentes.
Danielli Ferreira- ASCOM – PRB/SP