“Os valores conservadores da família são os verdadeiros obstáculos da reengenharia social. Educar, apagando as referências emotivas da família, é uma maneira de construir uma máquina, de acordo com o verbo preferencial deles. É a família que forma os valores dos filhos. Não podemos deixar somente a escola dizer o que é bom ou mau em termos morais. Os ‘engenheiros sociais’ insistem que sabem como fazer. Antes, precisam mudar as tradições, em nome de um mundo idealizado. Proíbem salgadinhos nas cantinas e agora decidem que não se comemora o dia das mães e o dos pais nas escolas”, recriminou.
Para Bulhões, a proposta da pedagoga pode levar a família a perder o brilho nas escolas e depois a influência na educação dos filhos. “Tudo começa com algo muito sutil, que depois pode tornar-se bem destrutivo. É preciso ficar atento e resistir. Diminuir a família é deixar caminho livre para as ideologias construírem seus modelos. Desconfiamos de como será o adulto educado em uma escola que, a pretexto da pluralidade de formas de famílias, elimine as referências emotivas dos pais no convívio escolar”, afirmou.
Por Mônica Donato
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