“É o mais perverso dos círculos viciosos – mas ainda não vislumbramos uma modificação substancial nas políticas de formação e valorização do magistério capaz de reverter tão absurda situação. É fato que os professores brasileiros não dispõem de condições mínimas de trabalho e realização. Circulou durante algum tempo na internet uma lenda de que, no Japão, todos os cidadãos deveriam se curvar em presença do imperador, com exceção do professor. Desmentida por especialistas na cultura japonesa, a ideia vale como parábola, no sentido de que mesmo a mais alta autoridade política deva se render ao insubstituível papel de educador”, alertou o deputado.
Bulhões lembrou que a oferta de matrículas no ensino fundamental em quase 100% da demanda, nas últimas décadas, constituiu um grande avanço para o país. “Agora precisamos garantir a qualidade do ensino e a consistência do aprendizado, de modo a diminuir os índices consideráveis de evasão, repetência e disparidade idade/série em praticamente todos os estados da Federação”. Ainda segundo o republicano, a ausência do incentivo salarial e do fomento à pesquisa é flagrante.
“Em tempos de economia globalizada, de alta competitividade internacional, de disputa tecnológica e graves ameaças ambientais, pesam sobre os ombros dos mais jovens desafios inéditos na história da humanidade. Mais do que nunca, dependemos todos da figura do professor e do papel insubstituível da educação. Não há como fazê-lo sem impulsionar o papel do educador ao lugar que lhe cabe por definição: orientador, incentivador, formador, responsável pelo desenvolvimento do potencial profissional e criativo das novas gerações”, ressaltou o deputado.
Por Mônica Donato – Liderança do PRB
Foto: Douglas Gomes