Capital – Em seu primeiro discurso na Câmara Municipal de São Paulo, o vereador André Santos (PRB) chamou atenção ao destacar a dura realidade de vida das pessoas que vivem em situação de rua.
O vereador, que é líder de movimentos humanitários há mais de vinte anos, levou dados importantes para a tribuna. De acordo com análise da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), o número de pessoas em situação de rua praticamente dobrou nos últimos 15 anos, o que equivale a mais de 16 mil pessoas em situação de rua, entre os sem-teto e os que vivem em abrigos e albergues.
Para o parlamentar, os motivos que levam essas pessoas a saírem de casa são variáveis. “É certo que o consumo de drogas, a violência doméstica e até mesmo os altos índices de desemprego são só alguns dos problemas que refletem a exclusão social”, disse Santos.
O republicano questionou a alteração no Decreto Municipal n° 57.069/2016, em especial a alteração no inciso III do artigo 10 que suprimiu a proibição do Poder Público de recolher itens portáteis de sobrevivência das pessoas em situação de rua, como cobertores, colchonetes, mantas, travesseiros e lençóis.
Enquanto apresentava os dados, o telão mostrava imagens da sua visita sob o Viaduto Plinio de Queiroz, na Avenida Nove de Julho, no centro da capital. O caso foi levado a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social da Prefeitura de São Paulo, que informou não haver previsão para retirar as pessoas já que ainda não há lugar adequado para todos. A Prefeitura, portanto, apenas liberou o espaço para realocação temporária de quem saiu da calçada.
André Santos destacou que um problema de anos não pode ser resolvido imediatamente, mas que é preciso promover políticas públicas eficientes que vão além da distribuição de cobertores e alimentos. “É preciso atacar a causa do problema e não apenas suprir as necessidades básicas de sobrevivência”, finaliza o vereador.
Texto e foto: Ascom Vereador André Santos
