Pedido concluído | Artigo | Carlinda Tinôco

CARLINDA-79Quem pensa na mulher pensa nela: Maria da Penha. Uma mulher guerreira que não baixou a guarda em buscar seus direitos.
Ela se protegeu em situação de violência e hoje salva vidas, pune os fracos que pensam que a força brutal vai coibir as mulheres, ao contrário, essa lei fortalece a autonomia das mulheres, abre os olhos da sociedade e oferece assistência com atendimento humanizado das vítimas; hoje se expandindo também, a Casa da Mulher Brasileira, que infelizmente, de 27 somente duas têm pleno funcionamento, para assim dar comodidade e cuidado especializado nas áreas jurídicas, assistencial, e de políticas públicas para ampliar maior acolhimento direcionado ao público feminino.
Hoje são 220 Centros Especializados de Atendimento à Mulher; 72 Casas Abrigo; 92 Juizados/Varas Especializadas de Violência Doméstica; 29 Núcleos Especializados do Ministério Público; 59 Núcleos Especializados da Defensoria Pública; e 501 Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher e Núcleos, graças à força de uma mulher que não se calou diante de tanta barbaridade.
Ainda podemos informar a Central de Atendimento à Mulher – Ligando 180 que orienta, acolhe e encaminha para os serviços da rede , mulheres vítima de violência, além de receber denúncias.
Hoje tipifica essa violência como física, psicológica, sexual, patrimonial e moral, que podem ser praticadas juntas ou separadamente.
Infelizmente os casais que deveriam se complementar, começam a competir direitos que acabam confundido força contrária.
Ligamos a televisão, ouvimos rádios. São muitos os crimes cometidos diariamente contra as mulheres.
Importante conscientizar as mulheres para que elas não tenham medo de denunciar, pois hoje o Estado se tornou responsável por acelerar os inquéritos policiais, nos julgamentos dos crimes de violência doméstica e familiar e com punição exemplar dos agressores e assassinos.
Há um provérbio que diz: O homem de gênio difícil precisa do castigo; se você o poupar, terá que poupá-lo de novo.
Se não buscar ajudar fica difícil a mulher se desprender do relacionamento, pois em casa a agressão torna-a prisioneira de sentimentos que a leva emocionalmente ficar refém e, muitas vezes, sendo ameaçada.
São atos repetitivos onde violência conjugal é uma vontade da pessoa controlar e dominar a outra. Muitas mortes acontecem quando a mulher tenta se separar: esse é o momento em que o agressor sente, ameaçado, que perdeu! Já não consegue mais dominar e controlar sua parceira, mas há um erro , pois quando a mulher decide sair ela fala para ele, e muitos maquinam a sua morte, ou por medo ameaçando a família.
Qualquer mulher pode ser vítima de Violência Doméstica, independe de credo, de riqueza ou pobreza, de cor ou de raça; o mais importante é romper o silêncio e buscar maneiras de se proteger.
Sem essa que roupa suja se lava em casa , ninguém namora ou casa para viver intimidada, coagida, sendo xingada, humilhada, desqualificada, controlada, fazer a pessoa pensar que está louca , quando o louco está do seu lado.
Portanto, mulheres, seu papel é fundamental, também vizinhos denunciem sem medo, pois sua identidade será protegida.
A partir do momento em que você ouve ou vê uma agressão, peça ajuda, você tem uma vida nas mãos
e seu apoio pode fazer toda a diferença!
Hoje nossa querida Maria da Penha, pioneira dessa Lei, nos ajuda, e cabe, aos governantes, deputados fortalecer ainda mais com braço forte, para que diminua a violência contra a mulher, e com dignidade possa viver livremente; pois temos visto os agressores na rua , e mulheres refém, isoladas pedindo socorro!!!
Destrói teus medos,
Rasguei sua vergonha ,
Ante qualquer violência,
SAI FORA e,
DENUNCIE!
Se não tem força , está com auto estima muito baixa, gratuitamente procure: projetoraabe.org
 

*Carlinda Tinôco é vice-coordenadora do PRB Mulher em São Paulo;

durante sete anos atuou como coordenadora nacional do RAABE;

projeto criado para valorizar e dar assistência às mulheres vítimas de

violência doméstica e abuso; é escritora com três livros publicados;

esposa, mãe e dedicada às causas sociais