Estudo realizado pela União Interparlamentar mostra o Brasil aparece 142° posição do ranking de participação de mulheres na política
O Brasil foi umas das primeiras nações a reconhecer o direito do voto às mulheres. No entanto desde então, na década de 1930, pouco tem avançado no que diz respeito à integração da mulher à política.
A prova disso é um estudo realizado pela União Interparlamentar, organização internacional responsável pela análise dos parlamentos mundiais, no qual o Brasil aparece na posição 142° ranking de participação de mulheres na política nacional.
O estudo analisou 192 países, entre 1997 e 2018. Na América Latina, apenas o Haiti ocupa uma posição inferior ao nosso país.
De fato, houve progressos. Hoje, contamos com políticas de inclusão feminina na política, o que garante, ao menos, mais oportunidades para nós, mulheres. Mas não é suficiente. É preciso que essa seja uma prioridade da sociedade e principalmente das mulheres, visto que somos maioria da população brasileira.
A importância da mulheres na política, vale ressaltar, engloba não somente candidaturas femininas, mas também a inserção de mulheres em processos políticos e eleitorais, além do envolvimento em nível partidário e em demais cargos de decisão da sociedade.
Encerro aqui com um questionamento. Sem ampliar o número de vozes no Parlamento como promover a pluralidade no debate político? Reflitamos sobretudo nos próximos meses, quando milhares de mulheres vão expor suas propostas e pleitear seus espaços (nossos espaços!) nos centros de decisões políticas do Brasil.
Edna Macedo é Deputada Estadual pelo Republicanos SP