Neste 2014 já em curso teremos um encontro com os problemas e desafios patentes que afligem o cidadão brasileiro de modo geral. Não apenas para saciar os olhares da comunidade internacional, com seus holofotes voltados para o Brasil por conta da Copa do Mundo e das eleições gerais, mas com o devido planejamento para transformar realidades e atingir objetivos permanentes. Precisamos ir além, fazer mais do que já fizemos.
No Estado de São Paulo temos metas claras e definidas. Um dos principais desafios é tirar mais de 300 mil famílias da extrema pobreza e conduzi-las ao acesso à saúde, educação, trabalho e renda. A transferência de renda pura e simples não é suficiente para proporcionar a mobilidade dessas famílias. Pelo Programa São Paulo Solidário iniciamos a busca ativa dessas pessoas num mapeamento da pobreza nunca antes realizado no território paulista. Em pouco tempo teremos nas mãos o retrato social para implantar a agenda de serviços públicos.
Não para por aí. Projeções populacionais garantem que, em 2050, teremos mais idosos que crianças no Brasil e no mundo. São Paulo será um dos estados com maior número pessoas acima dos 60 anos, aproximadamente 30% ante aos 11,6% de hoje. Este novo desenho requer a execução de políticas de saúde, educação e lazer que garantam serviços adequados a essa população. Por isso estamos investindo na construção dos centros Conviver e Novo Dia, equipamentos voltados ao público idoso para entretenimento e acompanhamento profissional.
Um dos programas mais bem avaliados do governo paulista é o Bom Prato. O restaurante popular mais famoso do Brasil já serviu mais de 115 milhões de refeições nas 41 unidades em todo o Estado. De segunda a sexta-feira mais de 69 mil paulistas tomam café da manhã por apenas R$ 0,50 e almoçam por R$ 1. Nos últimos seis meses inauguramos mais duas unidades (Ferraz de Vasconcelos e Bauru) e projetamos chegar a 50 unidades até o fim de 2014. Um grande salto.
Estamos informatizando o Programa Vivaleite, que distribui mais 116 milhões de litros de leite por ano a crianças e idosos. Cada beneficiado terá um cartão magnético devidamente identificado. O controle será feito por uma central para que eventuais desperdícios sejam eliminados. Além disso, o sistema vai impedir qualquer tipo de fraude fazendo com que o leite chegue ao destino final.
Também avançamos na solidificação do Programa Recomeço, uma importante iniciativa do Governo de São Paulo para tratar o dependente químico (sobretudo o viciado em crack) de forma voluntária. O Cartão Recomeço garante o pagamento mensal às entidades conveniadas de até R$ 1350 por pessoa internada. Estamos ampliando a oferta de vagas e fortalecendo a abordagem de rua, uma vez que o Brasil é o maior consumidor de crack do mundo.
Os desafios são muitos, mas estamos encarando-os com energia e comprometimento. O que importa para nós não são os resultados aparentes e passageiros, mas os benefícios que durarão mesmo após os holofotes serem desligados. Que a Copa do Mundo e as eleições sirvam para o Brasil se encontrar com o Brasil. Em São Paulo estamos fazendo nossa parte.
Rogerio Hamam
Secretário de Estado de Desenvolvimento Social