Segundo Rossi, a situação contábil dessas universidades não é apreciada pelo TCE desde 2013 e, provavelmente, não será aprovada, principalmente por conta da má gestão dos recursos destinados ao pagamento de funcionários. O secretário destacou que o gasto máximo das universidades com a folha de pagamento é estabelecido por decreto estadual em 75% do valor recebido do Governo (9,57% do ICMS), mas elas chegam a gastar mais de 100% nesse setor.
“O que o senhor Sérgio Rossi trouxe é de suma importância para a CPI, que investiga exatamente se há irregularidades na gestão das universidades públicas de São Paulo, especialmente em relação à verba que recebem do Governo”, destacou Moura.
Na próxima quarta-feira (19), a CPI ouvirá o reitor da Unesp, Sandro Roberto Valentini. No dia 24 de junho, será a vez do reitor da USP, Vahan Agopyan, e no dia 26 de junho, Marcelo Knobel, reitor da Unicamp
“Os reitores deverão apresentar documentos contábeis das universidades e falar sobre os gastos com pessoal que estão passando do que diz o decreto, segundo o Tribunal de Contas. E vamos debater se esse excesso não é devido a salários pagos acima do teto”, explicou o republicano.
A partir da semana vem, de acordo com requerimento de Moura aprovado na comissão, um promotor de Justiça designado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo irá acompanhar as reuniões da CPI.
“Com a presença de um representante do Ministério Público, será possível apontar rapidamente as irregularidades que possam surgir”, finalizou o deputado do PRB.
Texto e foto: Ascom – deputado estadual Wellington Moura