Brasília (DF) – Em cerimônia de anúncio de investimentos realizada hoje pela General Motors, em São Caetano do Sul (SP), o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge de Lima (PRB), reafirmou aos empresários do setor o papel estratégico da indústria automotiva para o país na visão do governo.
“Iniciativas como esta da GM provam que nosso país pode e deve se transformar numa plataforma regional indutora de tecnologia, e não apenas em uma nação fiscalista”, disse. “É nisso que apostamos, ao construir políticas como o Rota 2030”, acrescentou o ministro.
A montadora vai aportar cerca de R$ 1,2 bilhão na expansão da planta do município paulista. Com os recursos, a expectativa é ampliar a capacidade produtiva e modernizar os processos, incorporando tecnologias 4.0 à manufatura. Este foi o segundo anúncio recente de ampliação dos negócios da montadora no país. No início deste mês, inaugurou a ampliação da fábrica de motores de Joinville (SC), que receberá R$ 1,9 bilhão.
Acordos automotivos
Marcos Jorge detalhou, também, os esforços do MDIC para abertura de novos mercados ao setor automotivo brasileiro, que prevê aumento de 10,6% nas exportações gerais de veículos em 2018. “A indústria nacional tem destinado parte importante da produção para mercados externos”, ponderou.
Em 2018, entrará em vigor o Acordo Automotivo com a Colômbia, o que permitirá a exportação de 25 mil unidades isentas de imposto de importação. Outro importante destino da produção de veículos nacional, a Argentina, é tema de trabalho de convergência regulatória nas áreas de eficiência energética, emissões, segurança e certificação de autopeças. “Nossos vizinhos são os principais compradores dos veículos produzidos no Brasil”, lembrou.
Em 2017, houve aumento nas exportações para os países com os quais o Brasil tem acordo, na comparação com o ano anterior: Argentina (43%), México (70%), Chile (98%), Uruguai (59%) e Colômbia (50%). O saldo da balança automotiva, no ano, apontou recorde, ao exportar 791 mil automóveis e veículos de cargas para 83 países. A expectativa é superar a marca de 2017 este ano.
Rota 2030
A elaboração da nova política para o setor automotivo segue em fase de ajuste final. Em discurso, Marcos Jorge lembrou que, induzir a indústria brasileira ao alcance de padrões globais de produção é ainda mais estratégico diante de um provável acordo de livre comercial entre Mercosul e União Europeia, esperado para este ano.
O Rota 2030 trata da questão da competitividade da indústria automotiva brasileira em uma política de médio prazo, com metas a serem cumpridas em três ciclos de investimentos, ou 15 anos. A política substituirá o Inovar-Auto, que encerrou ano passado.
“Não resta dúvida que o setor automotivo é um pilar fundamental da economia brasileira, especialmente neste momento de retomada”, afirmou.
Texto e foto: Ascom – MDIC