Brasília (DF) – Em busca de ampliar as frentes de conhecimento para a conclusão da Estratégia Nacional para Indústria 4.0, o ministro Marcos Pereira (PRB) foi recebido, nesta terça-feira (21), no Centro para a 4ª Revolução Industria’, o escritório do Fórum Econômico Mundial (WEF) em São Francisco inaugurado em abril deste ano e que concentra os esforços da organização no Vale do Silício.
Ele foi recebido pelo chefe de Política e Tecnologia, Zvika Krieger, que atuou nos departamentos de Estado (DoS) e de Defesa (DoD) dos Estados Unidos na área de inovação.
O ministro reforçou a importância da discussão deste novo modelo de indústria para o Brasil e das parcerias em curso com o WEF, como o Competitiveness Lab (Laboratório de Competitividade), cujo Conselho Editorial teve início dia 8 de novembro e conta com representantes do governo, do fórum, do setor privado e da academia, e busca estudar detalhadamente os condicionantes da competitividade no ambiente de negócios no país.
Marcos Pereira esteve no ano passado em Genebra (Suíça) com o fundador da organização, professor Klaus Schwab, e representou o governo brasileiro em três edições do fórum, sendo uma em Davos e duas na América Latina. Também foi o principal articulador do governo federal para levar ao Brasil a edição do WEF de 2018. Ele se prepara para ir novamente a Davos em janeiro. O presidente Michel Temer também deve confirmar participação.
Nova revolução industrial
Liderada pelo ministro Marcos Pereira, a construção da política para Indústria 4.0 surge de forma inédita no Brasil com o objetivo de incorporar novas tecnologias (nuvem, Internet das coisas, robótica avançada, inteligência artificial, sistemas sensoriais, entre outros) nos processos produtivos.
Um dos maiores desafios desta nova proposta reside na heterogeneidade do tecido industrial brasileiro, com diferentes níveis de maturidade. O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços tem buscado desenhar ações pragmáticas e objetivas numa agenda dividida em quatro eixos principais: i) adoção de tecnologias; ii) geração de tecnologias; iii) mercado de trabalho e iv) regras do jogo (regulação).
WEF e a regulação
Para Zvika Krieger, o desenvolvimento da regulação para a 4a. Revolução Industrial depende da integração e do envolvimento de todas as áreas de governança, em especial os poderes Executivo e Legislativo. Ele destacou o entusiasmo em trabalhar neste processo e disse que pode buscar referências já utilizadas em outros países. “Já trabalhamos com (poderes) legislativos de outros países e podemos trazer para a discussão como procederam”.
Visita ao Facebook
Pela manhã, a comitiva liderada pelo ministro Marcos Pereira visitou a sede do Facebook, a maior rede social do mundo também dona do Whatsapp e Instagram, e foi recebida pela chefe de Visitas Políticas, Brenda Tierney. A principal discussão se deu em torno da utilização de dados e da proteção da privacidade.
Marcos Pereira solicitou avaliação da empresa para uma possível parceria na utilização da inteligência de análise de dados da plataforma para a indústria brasileira. A formalização da proposta será feita pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
Texto e foto: Ascom MDIC