O esporte como ferramenta de inclusão social é uma grande conquista do povo brasileiro. Na última década, chamada por muitos da década de ouro do esporte no Brasil, com os jogos Pan-Americanos, Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, grandes eventos esportivos que ativaram de forma definitiva a indústria esportiva em nosso País.
A prática de esportes beneficia de forma plena e atemporal as pessoas, refletindo em toda a sociedade, pois reduz a probabilidade de aparecimento de doenças, contribui para a formação física e psíquica além de desenvolver e melhorar os conceitos de união. Além dos benefícios pessoais e sociais, há uma grande possibilidade de desenvolvimento econômico, mesmo com a estagnação da economia global.
No Brasil, o mercado esportivo ainda é pouco desenvolvido, principalmente em comparação com os países europeus e Estados Unidos. O processo de profissionalização ainda é muito recente e, portanto, ainda há enorme espaço para crescer. Estima-se que a indústria do esporte represente apenas 2% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, gerando cerca de 300 mil empregos.
Em pesquisa recente do Comitê da Cadeia Produtiva do Desporto (Code) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a prática esportiva já representa perto de R$ 80 bilhões no PIB (2%), crescendo nos últimos dez anos, cerca de 5,77%. Mas ainda é muito pouco, no Estados Unidos, para efeito comparativo, o esporte já representa 3,5% do PIB, quase o dobro do Brasil.
Os esportes influenciam no desenvolvimento humano saudável e ainda contribui para o distanciamento da criminalidade que está presente em todos os locais, principalmente nas regiões com maiores índices de vulnerabilidade social.
É comum que se ouça falar do esporte como uma atividade importante no desenvolvimento infantil. As escolas que incorporam a atividade física regular por meio de jogos, gincanas, olimpíadas sobressaem-se nas avaliações sob todos os critérios.
A Comissão de Esportes da Câmara dos Deputados, principalmente neste ano, onde temos o privilégio de sediar os Jogos Olímpicos de 2016, deve ampliar as discussões com todas as esferas governamentais no sentido de debater uma vinculação maior do esporte à educação, a fim de criar um legado de cultura do esporte, tendo como fundamento uma mudança estrutural nas escolas e em todo o processo educacional.
Como enfatizamos os benefícios do esporte vão muito além dos fatores físicos, auxiliando na formação de valores éticos, atuando como um facilitador no processo de amadurecimento psíquico e relacional de toda a sociedade, contribuindo para a formação integral de melhores cidadãos.
***Roberto Alves é vice-presidente da
Comissão do Esporte na Câmara dos Deputados
e deputado federal pelo PRB São Paulo