Com uma história de superação inspiradora, Marcos Pereira narrou fatos de sua trajetória profissional e política. “Nasci em 1972 pelas mãos da parteira D. Mariquinha, em Linhares, no Espírito Santo. Minha mãe era empregada doméstica e engravidou do patrão, um empresário bem-sucedido que não assumiu a paternidade. Ela escondeu a gravidez até o sétimo mês e, como não podia voltar para a cidade natal, acabou dando à luz em uma pensão. Ao lado, havia uma oficina mecânica, cujo dono tomou conhecimento da história e, como ele e sua esposa não podiam ter filhos, resolveram me adotar. Após cinco anos eles decidiram se separar e me deixaram sob a responsabilidade de minha avó paterna”, contou o presidente.
“Nós temos orgulho de ter você como presidente, Marcos Pereira”, disse o deputado Russomanno, ao continuar a rodada de perguntas, as quais iam desde curiosidades do dia-a-dia até como surgiu o seu interesse pela política. “Trabalhei como engraxate e vendi picolés nas ruas. Como não tinha certidão de nascimento era uma luta para matricular-me na escola. Minha avó, semianalfabeta, ganhava a discussão no grito. Graças a ela, consegui estudar e fui até professor de reforço de física e química. Com 17 anos me tornei sócio de um escritório de contabilidade onde trabalhei até os 20 anos. Professei minha fé e fui convidado para ser pastor no Rio de Janeiro. Acabaram descobrindo minha habilidade com os números e me pediram para ajudar na área administrativa da igreja. Devido a esse trabalho, fui chamado para trabalhar na reestruturação da Record, em 1999, em São Paulo”, afirmou.
Crivella destacou a biografia de vários protagonistas do partido como o ex-ministro Eduardo Lopes, o ex-presidente da República José Alencar e a deputada federal Rosangela Gomes. “Um partido não deve ser feito de burocratas e acadêmicos. São histórias como essas que nos enchem de esperança. É o combustível que estimula o nosso partido a ir cada vez mais longe. No Brasil, nascem dois milhões de crianças por ano e um terço delas não tem a paternidade reconhecida. É muita gente e sua história se confunde com a de muitos deles”, disse o republicano.
No que diz respeito à vida pessoal, Marcos Pereira agradeceu o empenho incondicional de sua esposa. “Comecei a namorar Margareth em 1989 e em 1991 nos casamos. Estamos casados há 24 anos e ela tem me presenteado todos os dias com sua sabedoria e companheirismo. Tenho o compromisso de cozinhar pelo menos uma vez por semana para ela e também reservo os domingos para ficar com minha família. A família é a base de tudo”, acrescentou.
Sobre a sua vocação para a política, Marcos Pereira disse que o encanta a possibilidade de ajudar a resolver os problemas das pessoas. “Celso Russomanno, em seu programa, você ajuda a resolver o problema de uma pessoa, mas indiretamente ajuda a dezenas e centenas. A política é o exercício de resolver as coisas no atacado. Nossa vocação é essa, a de ajudar. É um sacerdócio mesmo”, finalizou o presidente.
Após o bate-papo, o senador Crivella cantou a música “Vai arrebentar”, de sua autoria e levantou a plateia.
Texto: Mônica Donato e Fernanda Cunha / Ascom – Liderança do PRB
Fotos: Douglas Gomes