“Com a desacanhada movimentação dos grupos, os princípios orientadores da lei geral do PNE estão sendo renegados e a ideologia de gênero pode levar o país a ser mais uma cobaia daqueles que se querem fazer conhecedor do nosso bem”, argumentou o deputado que foi membro da comissão especial que analisou o PNE na Câmara.
Bulhões destacou que a proposta votada pelos representantes do povo e sancionado pela Presidência de República, não compactou com a ideologia de gênero nas escolas. “A promulgação do PNE significou claramente que o poder político decidiu não aceitá-la. Parece que assistimos a uma inversão de valores na qual a minoria derrotada quer impor a sua vontade à maioria. No caso do Brasil, deve-se aguardar a próxima legislatura para tentar mudar o que foi aprovado. Tentar impor, por meios indiretos, a sua vontade, pelo inconformismo da derrota, é fraudar o processo político”, reprovou.
O deputado classificou como autoritária a ação de quem não aceita as regras da democracia quando o seu ponto de vista é derrotado. “Na democracia, a maioria não pode achatar a minoria. Por outro lado, a minoria precisa entender que a postura vitimista não sensibiliza para sempre. O caso da ideologia de gênero é apenas uma visão de mundo ou um tratado de ideias em abstrato. Se todas as sociedades foram organizadas desde sempre com os papéis de homens e de mulheres bem definidos, com qual fundamento imaginam que mudar isso daria certo?”, questionou o republicano.
Ao finalizar seu pronunciamento, Bulhões ressaltou o exemplo da Suécia que deixou de financiar a ideologia de gênero por falta de fundamentos científicos. “Conceitos científicos errados não são suficientes para cessar uma ideologia. O que resolveu mesmo a questão foi que, após anos de experimento, a média dos meninos continuou escolhendo profissões consideradas masculinas e as meninas, as femininas. A reengenharia social não funcionou e a ideologia caiu em descrédito”, criticou o parlamentar.
Por Mônica Donato (Ascom Liderança do PRB)
Foto: Douglas Gomes