“Os benefícios trazidos pelas novas tecnologias para a vida nas sociedades contemporâneas são inegáveis. Contudo, não podemos ignorar que essas mesmas tecnologias, quando utilizadas em excesso e sem critérios, podem causar graves transtornos a seus usuários. Isso acontece porque tais indivíduos não suportam a ansiedade de estar desconectados do mundo virtual, ainda que por alguns minutos ou segundos. É cada vez mais frequentes os casos de acidentes de trânsito causados pelo uso de celulares. Assim como a dependência de álcool e de drogas, a dependência digital também pode ser devastadora”, alerta Bulhões.
Na avaliação do deputado, a exposição intensiva à tecnologia está remodelando as habilidades cognitivas e a psique humana. “Com o aumento do número de usuários de smartphones ao redor do mundo, crescem também as evidências de que o uso excessivo destes equipamentos pode causar isolamento social, comportamento perigoso no trânsito e alterações no sono. É importante e urgente que pais e educadores, desde cedo, ponham limites às interações das novas gerações com artefatos tecnológicos, de modo a ensiná-las a tirar o máximo proveito da tecnologia sem se deixarem escravizar por ela”, defende o deputado.
A nomofobia é um fenômeno já identificado como doentio pelos profissionais de saúde. No ano passado, uma publicação da Escola de Saúde Pública da Universidade de Gênova, na Itália, sugeriu que a nomofobia fosse incluída na próxima versão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, publicação da Associação Americana de Psiquiatria adotada como principal guia internacional para o diagnóstico das doenças mentais.
Por Mônica Donato (Ascom Liderança do PRB)
Foto: Douglas Gomes