“A participação do Poder Legislativo é fundamental para aprimorar as leis e oferecer à população instrumentos auxiliares no enfrentamento dos crimes que costumam estar por trás de parte significativa dos desaparecimentos”, explica. De acordo com o deputado, a cada 45 minutos, 22 pessoas desaparecem no país. Por ano, o número chega a 250 mil pessoas que somem misteriosamente sem deixar vestígios. Destas, o Ministério da Justiça estima que mais de 40 mil sejam crianças e adolescentes.
Alves considera os dados inaceitáveis e lembra que, o Brasil, ainda registra números alarmantes de ocorrências derivadas do tráfico de menores e de quadrilhas que aliciam ou sequestram crianças para a venda de órgãos, adoção ilegal, trabalho escravo e prostituição infantil.
Para o republicano, além de um sistema de cadastro confiável, a criação de delegacias especializadas na busca por crianças desaparecidas seria fundamental para solucionar os casos com rapidez. “Hoje, o Brasil não possui nenhuma delegacia especializada. Não temos uma rede de mobilização que envolva ações coordenadas entre agentes nos terminais rodoviários e aeroportuários, conselhos tutelares, Polícia Federal e agências de turismo”, destacou.
Atuação
Na semana passada, Roberto Alves recebeu em seu gabinete, em Brasília, o diretor de relações institucionais do Facebook, Bruno Magrani. Na ocasião, o parlamentar sugeriu que a parceria realizada com o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas dos Estados Unidos, em que a rede social envia alertas no feed de notícias dos usuários do facebook, seja referência no Brasil.
Por fim, Roberto Alves agradeceu ao Conselho Federal de Medicina (CFM) por alertar os profissionais da saúde no que diz respeito ao desaparecimento de crianças e adolescentes no Brasil. Em 2013, o CFM lançou o portal “Médicos em Defesa das Crianças Desaparecidas”, no qual são publicadas recomendações oficiais para que, ao atender uma criança, fiquem atentos aos procedimentos. O deputado acredita que os médicos podem ser parceiros na identificação de pessoas desaparecidas, observando como elas se comportam e se existem marcas físicas de violência.
Por Ana Lídia Monteiro – Ascom deputado federal Roberto Alves
Edição: Ascom Liderança do PRB
Foto: Douglas Gomes