Presidente do PRB fala sobre crescimento do partido após as Eleições 2014

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Desde o seu surgimento, há oito anos, o PRB (Partido Republicano Brasileiro) deixou de ser um mero coadjuvante e se transformou em uma força política no Brasil. O partido que surgiu para defender o direito político dos cidadãos brasileiros, os direitos humanos e sociais cresceu e dobrou de tamanho no Congresso Nacional.
Na Bahia, o partido conseguiu eleger dois deputados federais – Márcio Marinho (117.470) e Tia Eron (116.912) – e dois deputados estaduais – Sidelvan Nóbrega (83.901) e Pastor José de Arimateia (81.097) nas Eleições 2014.
Em entrevista ao R7 BA, o presidente do PRB, Marcos Pereira, falou sobre o cenário e o rumo do partido após as eleições, o crescimento na bancada feminina, as alianças estaduais e o apoio na corrida pela presidência.
R7: Qual sua avaliação sobre o cenário para o PRB após as eleições?
Marcos Pereira: Assumi a presidência nacional do PRB em maio de 2011. Desde então me debrucei sobre um planejamento de crescimento que dividi em três etapas: curto, médio e longo prazo. A curto prazo, ou seja, as eleições deste ano, ultrapassamos a meta estabelecida, que era ao menos dobrar de tamanho no Congresso Nacional. Saltamos de oito para 21 deputados federais. Deixamos o “nanismo partidário” para nos tornarmos a 10ª força política no país, à frente de partidos tradicionais como o PV, PDT, PPS e PCdoB. A médio prazo temos como meta eleger o maior número de prefeitos e vereadores em 2016. A longo prazo serão as eleições de 2018. Trabalharemos para lançar e eleger o maior número de governadores e senadores, além de ampliar as bancadas federal e estaduais, podendo ainda concorrer à Presidência da República, a depender da viabilidade. Partido que quer crescer tem que disputar todas as eleições possíveis. Portanto, dentro desse contexto, posso afirmar que o PRB tornou-se uma força política que precisa ser ouvida nas discussões de interesse do país. E vamos nos posicionar no Congresso Nacional.
R7: O partido se mantém na oposição ou assume apoio à base governista?
M.P.: O PRB nunca fez oposição por oposição. O desejo do partido é contribuir na discussão de projetos que interessam a vida das pessoas. Somos a favor de construir pontes, não muros.
R7: Qual é o rumo do partido a partir de agora?
M.P.: Atingimos nosso objetivo de curto prazo. O eleitor brasileiro acreditou e confiou nos nossos candidatos. Agora é hora de retribuir essa confiança honrando cada voto com trabalho e dedicação. Está no DNA do partido a defesa da coisa pública.
R7: Quanto o PRB cresceu neste pleito eleitoral?
M.P.: Saltamos de oito deputados federais eleitos em 2010 para 21 na eleição do último dia 5. Também elegemos 32 deputados estaduais ante aos 19 que foram eleitos em 2010. O PRB foi o partido que mais cresceu no Brasil enquanto partidos tradicionais perderam parlamentares.
R7: Houve também um crescimento na bancada feminina. É uma nova formatação do partido?
M.P.: Tenho dito desde que assumi a presidência do partido que mulher no PRB não é uma cota, é uma necessidade. Fortaleci e ampliei os canais de participação da mulher em todo o Brasil. Isso resultou na eleição de duas mulheres, ambas negras: Rosângela Gomes (RJ) e Tia Eron (BA). Elas serão fundamentais para o fortalecimento da participação feminina daqui para frente.
R7: Quais os ganhos do partido nas representações estadual e federal?
M.P.: Com mais deputados federais, por exemplo, o PRB passa a ter mais espaço nas Comissões Permanentes da Câmara dos Deputados e na Mesa Diretora. Isso significa que os parlamentares republicanos passam a ter voz em questões que realmente interessam ao país. Perseguimos essa meta e a alcançamos. O mesmo ocorre no âmbito estadual. Agora é trabalhar.
R7: Nacionalmente o PRB apoia o PT na corrida pela presidência, mas e as alianças estaduais, serão mantidas? Na Bahia, por exemplo, o partido apoia o DEM, isso se mantém?
M.P.: O Brasil é um país de dimensões continentais e suas regionalidades precisam ser respeitadas, inclusive na política. Liberei as executivas estaduais a avaliarem o que é melhor para cada estado. Há casos como São Paulo, por exemplo, em que fazemos parte da base do PSDB e ajudamos a reeleger o governador Geraldo Alckmin. No Paraná, no entanto, caminhamos com a ex-ministra Gleisi Hoffman, do PT, que foi derrotada já no primeiro turno. É preciso entender e respeitar essas regionalidades.
R7: E pontualmente nesta reta final da campanha, como fica o posicionamento partidário em todas as regiões do país?
M.P.: Nossa prioridade número zero é eleger Marcelo Crivella governador do Rio. É nosso único candidato ainda em disputa no país. Estamos reunindo todas as forças nesse projeto. 2014 já tem sido o ano mais importante desde a fundação do PRB.
R7: Qual foi a relevância do PRB na eleição de governadores e na disputa presidencial?
M.P.: O PRB é um dos poucos partidos que tem militância espontânea. Nossa capacidade de mobilização tem influenciado nos nossos resultados desde 2010. Os outros partidos reconhecem nossa força.
R7: Em 2016, no próximo pleito, qual deve ser a situação do PRB?
M.P.: Chegaremos com muita força. Teremos um pouco mais de estrutura e tempo de televisão, o que credencia o partido a disputar qualquer prefeitura, inclusive de capitais.

Fonte: R7 Bahia

Foto: Douglas Gomes