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A pandemia e os golpes no e-commerce

Fraudes também migraram para esse meio e afetam uma grande quantidade de consumidores e lojistas


A pandemia não só aumentou a criatividade dos comerciantes, que precisaram se reinventar, mas também fez com que criminosos se especializassem em fraudes pela internet.
Comprar pela internet é prático, não toma muito tempo e nem exige deslocamento. Por essas e outras razões, o comércio eletrônico tem crescido a cada dia. Mas as fraudes também migraram para esse meio e afetam uma grande quantidade de consumidores e lojistas. 
O varejo pela internet cresceu 209% em comparação ao mesmo mês em 2019,  segundo dados da ACI Worldwide, empresa de sistemas de pagamento eletrônico.
O aumento nas compras on-line reflete os meses inteiros de amplas restrições às atividades do comércio presencial e de outras medidas para inibir a propagação da Covid-19.
Por conta do aumento das transações online, as tentativas de golpe também subiram. A taxa de tentativas de fraude em abril ficou em 4,3%. Um pouco abaixo dos 5,3% observados em março, mas acima dos 3,8% registrados em abril de 2019.
Temos no Brasil alguns regimentos que protegem o consumidor. Destacam-se, entre eles, o Código de Defesa do Consumidor. Com base nessas leis, os órgãos públicos trabalham para que os compradores sejam ressarcidos, ou melhor, atendidos em caso de insatisfação.
 
Fiz a compra, descobri depois que o site era falso, o que fazer?
Ao perceber que foi vítima de uma fraude, a primeira coisa a fazer é entrar em contato com a loja virtual, que pode tomar uma providência ao ser informada. O ideal é não recorrer aos demais serviços sem tentar resolver a situação de forma direta com o estabelecimento em que você comprou.
Fale também com o seu banco para solicitar a verificação ou o bloqueio do cartão de crédito. Em caso de clonagem, a responsabilidade passa a ser da operadora da bandeira — e você pode fazer uma reclamação ao Banco Central [1] se houver demora.
Todavia, muitas vezes, sabemos que tentar contato direto com a loja não resolve o problema. Nesse caso, confira as instituições a que você pode recorrer:

  1. PROCON

Se o e-commerce no qual você sofreu a fraude não tomar as providências necessárias, a alternativa é acionar o PROCON (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor). Junte todos os documentos referentes à compra e ligue para o número 151 para solicitar orientações específicas.
Na cidade de São Paulo, o atendimento é realizado através dos Postos do Poupatempo [2], enquanto outras regiões contam com agências conveniadas [3]. Há também a possibilidade de fazer sua reclamação pela internet através do cadastro eletrônico [4].
Nunca forneça suas informações pessoais em sites e aplicativos que não reconheça. Também não envie informações que podem ser usadas de má-fé, como foto do cartão de crédito e senhas ou códigos de segurança de bancos, cartões, sites ou aplicativos.
Para realizar uma compra, basta digitar as informações do próprio cartão, mas não a senha. E, se um site exigir sua senha, não a digite e desconfie! Busque entender o motivo daquilo por meio dos canais de atendimento.
 
*Jorge Wilson Xerife do Consumidor é deputado estadual pelo Republicanos. Formado em Ciências Jurídicas, Sociais e especialista em Direito do Consumidor. Jornalista e apresentador da RecordTv.